terça-feira, 12 de junho de 2012

FELICIDADE INTERNA BRUTA PARA TODOS


 “Rio + 20, Felicidade Interna Bruta.”
Este slogan, lançado ao mundo em 1972  pelo rei do Butão, está agora em pauta e vai constituir motivo de debate na próxima conferência Rio + 20. Deixar de lado a preocupação com o lucro e os valores materiais para buscar outros valores, é um grande passo no caminho da Paz sobre o Planeta Terra. Valorizar o ser humano, seu bem estar, sua felicidade unida à natureza é o que todos nós pretendemos neste tumultuoso início do século XXI.
Caminhar para a paz universal é deixar que a felicidade chegue a todos e não a um pequeno grupo de privilegiados.
O rei do Butão anteviu isto desde 1972, e o colocou em prática em seu pequeno país, situado nos Himalaias. Quando um repórter veio entrevistá-lo sobre o PIB de seu país, ele respondeu que este produto interno bruto (PIB) tão badalado no mundo ocidental, não era prioridade para ele. A prioridade era a paz e a felicidade para todos os seus súditos.
Hoje, intelectuais, antropólogos e cientistas do mundo inteiro, inclusive dois Prêmios Nobel, começam a estudar suas idéias, buscando adapta-las ao nosso ocidente materialista.

Transcrevo abaixo trechos do artigo de Heloísa Helvécia, publicado no jornal Folha de São Paulo, em 5 de junho:

“A felicidade entrou no debate da Rio + 20. A criação de uma alternativa ao PIB capaz de medir o bem estar dos países é o “assunto da hora”, segundo a antropóloga americana Susan Andrews, coordenadora aqui do projeto FIB (Felicidade Interna Bruta).
Sob patrocínio da ONU, o FIB butanês vem sendo recriado por um time de intelectuais. O grupo fez um questionário que sonda padrão de vida, governança, educação, saúde, vitalidade comunitária, proteção ambiental, acesso à cultura, uso do tempo e bem-estar psicológico. No Brasil, o FIB é mais do que um indicador, segundo Susan. É um catalisador de mudança social que tem o potencial de unir poder público, empresas e cidadãos para a felicidade de todos. É pensamento sistêmico na prática, diz a antropóloga graduada em Harvard, que é também mestre em psicologia e sociologia. E monja.
A monja junta ao currículo o título de embaixadora do FIB no Brasil, país para o qual ela veio por ocasião da Eco-92- e ficou.
Naquele ano, fundou o Parque ecológico Visão Futuro em Porangaba, a duas horas de São Paulo. É uma das primeiras ecovilas do país.
Segundo disse Banki-Moon, secretário-geral da ONU, a Rio+ 20 precisa gerar um “novo paradigma” que não dissocie bem-estar social, econômico e ambiental. Os três, para ele, definem a “felicidade global bruta”.
Susan Andrews acha que a introdução de indicadores mais sistêmicos já é um movimento mundial. É parte do espírito do tempo.”

Heloisa Oliveira, fotógrafa mineira, muito familiarizada com o Butão, esteve recentemente naquele país, preparando um filme sobre os costumes e o modo de viver daquele povo. Heloisa estará participando da Rio + 20 com um depoimento na conferência intitulada  “Cúpula dos Povos”. Sua abordagem sobre o FIB é importante devido ao fato de que a nossa fotógrafa de Minas Gerais esteve várias vezes no Butão e conheceu pessoalmente o rei daquele país.

*Fotos de Heloisa Oliveira

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