domingo, 23 de agosto de 2015

DO CARRO DE BOI AO COMPUTADOR

Residindo longe do eixo Rio – São Paulo onde aconteciam os eventos, eu me expressava nos anos 50, dentro do construtivismo de maneira própria. Ia todos os fins de semana para a fazenda do meu sogro em Entre Rios de Minas. Ali desenhava cenas da vida rural, buscando a simplificação da figura como uma necessidade interior de disciplina e concentração. Suprimir detalhes, valorizar a cor chapada pura, sem nuances, era para mim também uma busca espiritual da essência da forma, síntese espontânea, intuitiva, conquistada com o exercício constante e ininterrupto do desenho. Os pequenos desenhos da década de 50 foram guardados em pastas diferentes, de acordo com o destino que poderiam ter mais tarde, na pintura, na escultura ou na arte aplicada. Desenhos daquela época estão sendo tridimensionados com o auxílio do computador pela arquiteta Elena Andrés Valle e depois transformados em esculturas de ferro, sob a orientação do arquiteto Alen Roscoe. Esta série de desenhos que denomino de pré- concretista, foi um caminho do figurativo ao abstrato e está possibilitando, no presente, uma caminhada em direção a outros espaços.

*Fotos de Euler Andrés e Maria Helena Andrés


VISITE TAMBÉM MEU OUTRO BLOG, “MEMÓRIAS E VIAGENS”, CUJO LINK ESTÁ NESTA PÁGINA.

Nenhum comentário:

Postar um comentário