segunda-feira, 5 de março de 2018

ARTE E MEDITAÇÃO I



Na Índia, ao longo da estrada, as casas são pobres e o povo se aglomera para ver o ônibus passar. Vendem pulseiras, colares e leques rendados. 

Indianos mais velhos carregam os colchões para frente das casas e deitam-se à beira da estrada. Procuro um lugar distante de todos e deixo a paisagem desfilar diante de meus olhos. O verde dos campos faz-me recordar outros verdes; a luz do sol é a mesma que ilumina o Brasil tão longe. 
A paisagem chega a se assemelhar às fazendas mineiras trabalhadas à enxada. Sinto saudades das montanhas que não vejo. 

Os arredores de Nova Déli e Agra são planos sem acidentes geográficos; parecem mais o norte de Minas junto à Bahia.

 As montanhas existem, lá longe, no norte da Índia. Não posso vê-las, mas imagino-as cobertas de neve como os Andes que eu vi em um dia e nunca mais me esqueci. Lá no alto, os yoguis pedem paz e pureza para o mundo. 

Afastam-se da sociedade recolhendo-se ao abrigo das montanhas, mas no silêncio da meditação procuram também o contato com o mundo, suas percepções tornam-se mais sutis. Embora pareçam alienados da convivência humana, são justamente eles que mais penetram da existência real. 
A meditação permite ao homem libertar sua mente de ideias preconcebidas, colocando-o em contato com o Eu Real que habita em nós, aquele que responde por nossas ideias mais claras. “Quem sou eu?” é a pergunta dos seguidores de Ramana Maharishi, o sábio silencioso da montanha Arunachala. 

Lembro-me dos livros do jornalista inglês Paul Bruton e de suas viagens ao oriente. Através do seu livro “A Índia Secreta”, muita gente tem se encontrado.
 O desenvolvimento interior do homem, de suas potencialidades espirituais, possibilita uma comunicação com nosso semelhante de forma direta, sem auxílio da palavra.

*Fotos de Maria Helena Andrés e da internet

VISITE TAMBÉM MEU OUTRO BLOG, “MEMÓRIAS E VIAGENS”, CUJO LINK ESTÁ NESTA PÁGINA.

Nenhum comentário:

Postar um comentário