terça-feira, 20 de março de 2018

PINTURA MODERNA III


Dando continuidade ao meu estudo sobre “Pintura Moderna”, já publicado em 2 postagens, transcrevo abaixo trecho do meu livro “Vivência e Arte”publicado pela Agir Editora em 1966.

         Foi na primavera de 1874 que jovens pintores, hoje considerados mestres, tais como Renoir, Monet, Pisarro, Sisley, Degas, Cezanne, inauguraram em Paris a primeira exposição de arte moderna. A denominação "impressionistas", dada pejorativamente ao grupo por um crítico mais exaltado, foi adotada.

 Segundo John Rewald, "apesar de seus esforços chocarem seus contemporâneos, eles foram, de fato, a verdadeira continuação dos trabalhos e teorias de seus predecessores."

         Os impressionistas nos deram uma visão luminosa da natureza. Levavam as telas para o ar livre, procurando fixar as constantes transformações de cores e luzes que se operam à superfície das coisas.

         Claude Monet, um dos mais conhecidos impressionistas, pintou em diferentes horas do dia a Catedral de Rouen, tirando dela visões completamente diversas.

         Segundo Carlos Cavalcanti, "no culto extremado da luminosidade solar e no desejo de transmitir as sensações de fugacidade dos efeitos coloridos e luminosos, os impressionistas acabavam representando os seres e as coisas como simples e puras vibrações de luz e cor. A matéria perdia suas características de estrutura, solidez, forma e peso, para dissolver-se, diafanizando-se feèricamente, às vezes, em verdadeiras névoas irisadas."

         Cezanne procurou reagir a esta destruição da forma dos objetos. Supera, assim, a sensação visual imediata, substituindo-a por um conceito, uma ideia permanente e eterna da natureza. Queria fazer uma arte construída, estruturada, digna dos museus, e não um espetáculo fugidio de luminosidade e cor. Para ele, o mundo físico era o símbolo do mundo espiritual e as descobertas de seus antecessores foram aproveitadas e aperfeiçoadas no sentido da forma, de uma composição equilibrada racionalmente. (Trecho do meu livro “Vivência e Arte”, editora Agir, 1966)

*Fotos da internet

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